top of page
  • Ícone do Facebook Preto
  • Ícone do Instagram Preto
Buscar

Proteína é a moda da vez: Será que todo mundo precisa da suplementação?

  • Foto do escritor: Francisco Campos
    Francisco Campos
  • 24 de jun.
  • 3 min de leitura
Proteína virou moda, mas todo mundo precisa? Descubra os riscos da suplementação excessiva com os especialistas do Instituto FC.
Proteína virou moda, mas todo mundo precisa? Descubra os riscos da suplementação excessiva com os especialistas do Instituto FC.

Nunca se falou tanto em proteína como nos últimos anos. Basta uma rápida caminhada pelo supermercado para perceber: barrinhas proteicas ocupam prateleiras inteiras, shakes de whey protein se tornaram quase obrigatórios nas academias, e até produtos tradicionalmente carboidratos, como pães e biscoitos, agora ostentam versões "hiperproteicas" em suas embalagens.


Essa verdadeira onda da suplementação proteica levanta uma questão fundamental: será que realmente precisamos de tanto? E mais importante: essa tendência está ajudando ou prejudicando nossa saúde?


A explosão do mercado de proteínas: números que impressionam


O mercado de suplementos alimentares no Brasil movimentou bilhões de reais em 2023, sendo os suplementos proteicos responsáveis por grande parte desse crescimento. Whey protein, caseína, proteína vegetal, barrinhas proteicas - a variedade é enorme e o apelo comercial, irresistível.


Redes sociais amplificaram ainda mais essa tendência. Influenciadores fitness promovem diariamente o consumo de suplementos proteicos, criando a impressão de que são indispensáveis para qualquer pessoa que busque saúde e boa forma física.


Proteína: essencial, mas em que quantidade?


A proteína é, sem dúvida, um macronutriente fundamental. Ela participa da construção e reparação de tecidos, produção de enzimas e hormônios, além de contribuir para a sensação de saciedade. Mas isso não significa que mais é sempre melhor.


A necessidade proteica varia significativamente entre indivíduos. Fatores como idade, sexo, nível de atividade física, estado de saúde e objetivos específicos devem ser considerados antes de qualquer suplementação.


Para a população geral, a recomendação básica gira em torno de 0,8 a 1,2 gramas de proteína por quilograma de peso corporal por dia. Praticantes de atividade física podem necessitar de quantidades maiores, variando entre 1,2 a 2,0 g/kg, mas raramente além disso.


Os riscos do excesso: quando a proteína se torna problema


  • Sobrecarga renal: Os rins são responsáveis por filtrar os produtos da metabolização proteica. O excesso pode sobrecarregar esses órgãos, especialmente em pessoas com predisposição a problemas renais;

  • Desequilíbrio nutricional: Focar excessivamente em proteínas pode levar ao negligenciamento de outros nutrientes importantes, como vitaminas, minerais e fibras;

  • Problemas digestivos: Muitas pessoas relatam desconforto gastrointestinal, constipação e alterações na microbiota intestinal quando consomem grandes quantidades de suplementos proteicos;

  • Ganho de peso indesejado: Proteína também tem calorias. O excesso pode contribuir para o ganho de peso se não houver ajuste no consumo total de energia.

Quando a suplementação faz sentido


A suplementação proteica não é desnecessária para todos. Existem situações específicas onde ela pode ser benéfica:


  • Atletas de alta performance com demandas energéticas e proteicas muito elevadas;

  • Idosos com dificuldades para atingir necessidades nutricionais através da alimentação;

  • Pessoas com restrições alimentares severas ou condições médicas específicas;

  • Indivíduos em processo de reabilitação após cirurgias ou doenças.


O importante é que essa decisão seja sempre orientada por profissionais qualificados. Afinal, cada caso é único e merece avaliação individualizada.


A importância dos alimentos naturais ricos em proteína


Antes de recorrer aos suplementos, vale lembrar que diversos alimentos naturais são excelentes fontes de proteína de alta qualidade, como:


  • Proteínas animais: carnes magras, peixes, ovos, laticínios oferecem perfil completo de aminoácidos essenciai;

  • Proteínas vegetais: leguminosas (feijões, lentilhas, grão-de-bico), quinoa, amaranto e oleaginosas são opções nutritivas e sustentáveis.


Esses alimentos fornecem não apenas proteína, mas também vitaminas, minerais e outros compostos bioativos importantes para a saúde.


O papel fundamental do acompanhamento profissional


No Instituto FC, localizado em Brasília, a abordagem é sempre personalizada. Aqui, por meio da avaliação de profissionais qualificados, como a nutricionista Ana Júlia Abdalah e o endocrinologista Dr. Henrique Neto, realizamos uma avaliação completa do paciente, considerando seus hábitos alimentares, estilo de vida, exames laboratoriais e objetivos específicos antes de recomendar qualquer intervenção nutricional ou endócrina.


A onda da suplementação proteica reflete uma sociedade em busca de soluções rápidas para questões complexas. Embora a proteína seja fundamental para nossa saúde, sua suplementação indiscriminada pode trazer mais prejuízos que benefícios.


O segredo está no equilíbrio: consumir proteína suficiente para suas necessidades individuais, priorizando fontes alimentares variadas e nutritivas, e recorrendo à suplementação apenas quando realmente necessário e sob orientação profissional.


E lembre-se: não existe fórmula mágica universal. O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. Por isso, antes de aderir à moda da vez, busque orientação profissional qualificada.

 
 
 

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
bottom of page