Ultraprocessados: O risco para a saúde é realmente alto?
- Francisco Campos

- 25 de nov.
- 3 min de leitura

Os alimentos ultraprocessados estão cada vez mais presentes na mesa dos brasileiros, mas o que poucos sabem é como esses produtos representam uma ameaça silenciosa à saúde. Pesquisas científicas recentes comprovam que, sim, o risco é realmente alto e merece atenção.
Alimentos ultraprocessados são formulações industriais criadas predominantemente com ingredientes baratos e diversos aditivos químicos, como corantes, aromatizantes, conservantes e estabilizantes. Diferente dos alimentos in natura ou minimamente processados, esses produtos passam por extenso processamento industrial.
Segundo a classificação NOVA, desenvolvida por pesquisadores brasileiros da USP, exemplos comuns incluem:
Refrigerantes e sucos de caixinha
Biscoitos recheados e salgadinhos de pacote
Macarrão instantâneo
Embutidos (salsicha, presunto, mortadela)
Iogurtes saborizados
Cereais matinais açucarados
Barras de cereal industrializadas
Sorvetes e doces industrializados
Números alarmantes
As estatísticas sobre ultraprocessados no Brasil são preocupantes. A participação desses produtos na alimentação dos brasileiros mais que dobrou desde os anos 1980, saltando de 10% para 23% do total de calorias consumidas.
Além disso, uma revisão científica publicada no British Medical Journal (BMJ) em 2024, que analisou mais de 9,8 milhões de participantes, encontrou evidências consistentes associando o consumo de ultraprocessados a pelo menos 32 efeitos adversos para a saúde.
O consumo elevado de ultraprocessados está diretamente relacionado a:
Risco 40-60% maior de morte relacionada a doenças cardíacas
Risco 20-40% maior de diabetes tipo 2
Risco aumentado de hipertensão arterial
Obesidade (risco 55% maior)
Elevação dos níveis de colesterol ruim (LDL)
E, surpreendentemente, os ultraprocessados também afetam o cérebro. Estudos apontam que a alta ingestão desses alimentos podem ocasionar em risco de 20-50% maior de depressão, 53% maior de desenvolver ansiedade, problemas de saúde mental comuns, maior risco de doenças neurodegenerativas (Alzheimer e Parkinson) e declínio cognitivo acelerado.
Mas por que os ultraprocessados são tão prejudiciais?
Que esse tipo de alimento traz um risco para a saúde como um todo, é de senso comum. Mas, poucos sabem que isso ocorre devido à composição nutricional desequilibrada, visto que esses produtos são caracterizados por:
Alta densidade calórica: 100g de biscoitos recheados fornece cerca de 500 kcal, enquanto a mesma quantidade de arroz com feijão fornece aproximadamente 130 kcal
Excesso de açúcar, sal e gorduras de baixa qualidade
Baixo teor de fibras, proteínas e micronutrientes essenciais
Presença de ingredientes manipulados quimicamente
Os ultraprocessados são formulados para serem extremamente saborosos e viciantes, estimulando o consumo excessivo. Estudos mostram que pessoas comem em média 500 calorias a mais por dia quando consomem dietas ricas em ultraprocessados, comparado a dietas com alimentos in natura
Dicas do Instituto FC para uma alimentação mais saudável:
No Instituto FC, priorizamos o cuidado como um todo. Aqui, a nossa nutricionista Ana Júlia Abdalah entende as suas queixas e propõe um planejamento que se encaixa na sua rotina. Ainda, para evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, indicamos:
Priorizar alimentos in natura: Frutas, verduras, legumes, carnes frescas, ovos, leite
Ler os rótulos: Produtos com mais de 5 ingredientes e nomes químicos complexos geralmente são ultraprocessados
Cozinhar mais em casa: Prepare refeições simples com ingredientes reais
Planejar suas compras: Faça lista focando na periferia do supermercado (onde ficam os alimentos frescos)
Reduzir gradualmente: Comece substituindo um ultraprocessado por vez
Quer saber mais sobre alimentação saudável e qualidade de vida? No Instituto FC, em Brasília, oferecemos orientações especializadas para ajudar você a fazer escolhas mais conscientes e melhorar sua saúde integral.







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